domingo, 25 de outubro de 2009

Fazendo o debate...

lá no blog do Rudá catei mais este texto, só que do Osmar Braga, continuando o debate que começamos, dè um sacada:

"Osmar Braga disse...
Caro Rudá

É muito instigante sua análise. Ela faz sentido, tendo em vista as mudanças que ocorreram nos anos 90, quando a elite, com a força e ideologia neoliberal, dá as cartas do jogo político no Brasil, estabelecendo uma institucionalidade política que produz uma nova configuração nas relações entre as classes e os grupos sociais que atuam na sociedade. O advento da questão da cidadania (neoliberral), com seus mecanismos institucionais, alteraram de forma significativa a relação entre estado e movimentos sociais,pautada agora pela lógica institucional. Isso ocorre paralelo à queda dos referenciais filosóficos e políticos que sempre orientaram o ideário transformador dos movimentos sociais. Esse processo impactou os movimentos sociais e as organizações populares de maneira geral, modificando as formas, as bandeiras e os conteúdos da luta social. Numa sociedade em que o estado não é mais caracterizado como ditador, autoritário, violento; onde há espaço para o diálogo, mesmo que isso não dê em nada, as relações sociais são pautadas por uma dinâmica mais formal, orientada por mecanismos legais e institucionais, colocando novos desafios na relação estado e sociedade organizada. Outro fator é que, após a conquista do governo pelas forças ditas populares, com Lula na presidência, consolidou uma relação fundada na luta institucional,via os mecanismos que o estado neoliberal criou, neutralizando fortemente outras formas e bandeiras de luta, pois ela trouxe a despolitização da questão social. Porém, não podemos dizer que todo o movimento social está preso à dinâmica e aos ditames neoliberais. Há, na minha opinião, um movimento de retomada do ideário ttransformador, onde se resgata a atualidade do projeto novo de sociedade, com formas novas de luta e novas organizações, que fogem dos modelos da década de 80.O movimento Assmbléia Popular~,do qual fazem parte dezenas de entidades popualres, movimentos, ONGs proressistas, não seria um exemplo disso? O que falta é essas formas e movimentos ganharem força e redescobrirem os valores e as bandeiras que as une e sustenta frente aos novos desafios políticos e sociais."

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