terça-feira, 29 de setembro de 2009

A Luta faz Valer!!!



Ocorreu, no último dia 26 de setembro, o Seminário sobre Educação do PSDB, com seus candidatáveis à presidência da república, e o encontro parecia dá a linha do debate, já nos adesivos distribuídos, que os tucanos fazem sobre educação e sobre o que deve ser o Brasil: "Privatização já!"

O Brasil subordinado aos interesses estrangeiros e das multinacionais da educação se escreve com "z", e o PSDB no seu governo, já tinha (a)tentado contra a nossa soberania, quando quis mudar o nome da Petrobrás para Petrobraz, afirmando que viabilizaria maior inserção no mercado com a mudança do nome. Mas o nome demonstra relação e identidade com o nosso país. O PSDB tem vergonha de ser brasileiro. Esta elite sempre esteve ligada umbilicalmente com a cultura opressora do nosso povo. Eu entendi o que eles querem dizer: O Brasil não nos dá orgulho. Eles querem falar inglês. Mas nós temos orgulho de ser brasileiro, do nosso país, da nossa língua, da nossa soberania, e é por ela e com ela que negociamos, lutamos, nossa autonomia, e dos demais povos.

A cartilha entreguista do PSDB já foi demonstrada nos 8 anos do governo tucano, de FHC, e continua sendo no governo do Aécio Neves e no autoritário José Serra, em São Paulo. Ou vocês estão esquecidos do confronto entre as polícias civis e militar, com aval do governador José Serra. Vocês esqueceram da CPI dos Sanguessugas? Pois é, a mídia abafou, porque percebeu onde estaria a origem. Foi no governo do PSDB entreguista, não preocupado com a necessidade do povo, mas sim, e somente, com o interesse dos seus pares estrangeiros. Ao povo o PSDB deixa o preconceito.

Pois é, fiquei sabendo que não era o interesse deles, isto é, eles não estavam propagando a educação que o PSDB quer. Tudo não se passou de um erro.

O PSDB explicou: "O erro ocorreu por que a gráfica era do interior do estado". Putz, só conseguiu expressar ainda mais o trato tucano. Um amigo sintetizou: "Essa foi a famosa limpar o cu com canjica. Pra explicar o erro eles chamaram os potiguares interioranos de burros."

Chega de PSDB e DEM! Fora José Agripino, Fora JA daqui!

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Poemas para todos os Momentos...

Acho que acabou de passar o terceiro...


Consolo na Praia

Vamos, não chores.
A infância está perdida.
A mocidade está perdida.
Mas a vida não se perdeu.

O primeiro amor passou.
O segundo amor passou.
O terceiro amor passou.
Mas o coração continua.

Perdeste o melhor amigo.
Não tentaste qualquer viagem.
Não possuis carro, navio, terra.
Mas tens um cão.

Algumas palavras duras,
em voz mansa, te golpearam.
Nunca, nunca cicatrizam.
Mas, e o humour?

A injustiça não se resolve.
À sombra do mundo errado
murmuraste um protesto tímido.
Mas virão outros.

Tudo somado, devias
precipitar-te, de vez, nas águas.
Estás nu na areia, no vento...
Dorme, meu filho.

Carlos Drummond de Andrade

Catando Texto...

"Buenos Aires, maio de 1976:
Abro a porta do quarto onde dormirei esta noite

Estou sozinho. E me pergunto: existe uma metade de mim que ainda me espera? onde está? Que faz, enquanto isso?
Virá magoada, a alegria? Terá os olhos úmidos? Resposta e mistério de todas as coisas: e se já nos cruzamos e perdemos sem nem ao menos ficar sabendo?
Coisa curiosa: não a conheço, e mesmo assim sinto sua falta. Tenho saudades de um país que ainda não existe no mapa."

Eduardo Galeano
Dias e Noites de Amor e de Guerra

Catando Texto...

A pergunta

"E eu pergunto aos economistas políticos, aos moralistas, se já calcularam o número de indivíduos que é forçoso condenar à miséria, ao trabalho desproporcionado, à desmoralização, à infância, à ignorância crapulosa, à desgraça invencível, à penúria absoluta, para produzir um rico?"

Almeida Garrett
(1799-1854)

http://caderno.josesaramago.org/2008/10/

Poemas para todos os momentos...

Busco poemas em meus arquivos, e encontro vários merecedores de se está entre os bons, e que geram significância nestes meus dias...

Poema de Potiguar, Jornalista graduada e Estudante de Letras, Ada Lima!

Boa Leitura!


"Pisou-a
porque o asfalto
não é lugar para flores"
Ada Lima



"Cansei de catar palavras
e cantar palavras
a ouvidos surdos.

A partir de hoje
meu nome é silêncio."
Ada Lima

Poemas para todos os momentos...

Algum site, um dia, me mostrou estas palavras como sendo do Neruda. Eu acreditei, guardei comigo, e agora socializo aqui no blog. Pois, meus dias terão de ser dias de paciência.



Se cada dia cai

Se cada dia cai, dentro de cada noite,
há um poço
onde a claridade está presa.

há que sentar-se na beira
do poço da sombra
e pescar luz caída
com paciência.

Pablo Neruda

domingo, 27 de setembro de 2009

Catando Texto...

Estava dando uma passadinha no blog do Edmílson Lopes, quando encontrei este pequeno texto, mas nem por isso menos profundo e lúcido sobre a política e o esvaziamento da palavra... Boa leitura!

PALAVRA E DEMOCRACIA
Marcos Rolim
Jornalista

Em um sentido aristotélico, “retórica” era a virtude da persuasão. Uma capacidade essencial para a democracia ateniense, onde as decisões dependiam do encantamento produzido pelo discurso. Platão se tornou um crítico da retórica, porque a identificou com a manipulação da verdade pelos sofistas; mas nunca a abandonou, chegando a sonhar com uma arte da argumentação capaz de convencer os deuses; ou seja, uma virtude comunicativa que, para além de toda demagogia, pudesse convencer a audiência mais exigente.

Devemos em grande parte ao filósofo polonês Chaim Perelman a revalorização moderna da retórica, após longo período de aniquilamento positivista. Como arte da argumentação, a retórica é um recurso da democracia, porque necessária à persuasão, única forma de superar conflitos que não estão dispostos pela ordem da verdade. Sem a palavra bem disposta, afinal, não há como produzir acordo sobre o justo, ou o bom; nem como decidir diante de antagonistas com interesses legítimos.

Por isso, quando a palavra perde seu valor, é a democracia que adoece. Quando a palavra é pouco mais que um gesto avulso; quando o discurso é só artifício; quando o que foi dito ontem já não vale; quando minha palavra é “ética” a depender da rua por onde ando, então não há acordo possível e duas portas se abrem: a do cinismo e a da violência.

A democracia que temos já não tem política. Nela, o futuro se ausentou porque as palavras não autorizam expectativas. Será preciso reinventá-la, entretanto, antes de desesperar. Porque o desespero é só silêncio e o melhor do humano é a palavra.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Em Defesa do Avanço...

Olá Blogonautas,

indico o abaixo-assinado em defesa da Democracia e do MST, lançado por intelectuais e militantes de diversos movimentos sociais e partidos políticos, com o intuito de reafirmar a necessidade da posição do MST para a consolidação da nossa Democracia, e consequentemente de um país mais justo. Boa leitura, e espero que possamos somar nestas fileiras...


http://www.petitiononline.com/manifmst/petition.html

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Jornal de Ontem...




Estava dando uma passadinha rápida no Blog do Aldemir Freire, e lá ele trazia estes dados divulgados no PNAD, com uma relação de desigualdade que chega a uma grandeza de 53 vezes de distância.

Qual nossa responsabilidade nisto tudo?

Como podemos aceitar uma sociedade onde o rendimento mensal de uma minoria próxima a 1% pode ser 53 vezes maior do que uma outra família, sendo que esta convive no grupo de aproximadamente 18% do total de famílias. Numa estatística que coloca, segundo Aldemir, 166 mil domicílios, com rendimento mensal inferior a 1 salário mínimo, que em média é de R$ 293, e 13 mil domicílios com rendimento mensal superior aos 20 salários mínimos, e média de R$15.638. Uma proporção gritante e violenta que desumaniza o mundo social.

Como podemos conviver em uma sociedade em que boa parte da população terá que trabalhar 53 anos a mais do que uma minoriazinha?

E ainda tem alguns que passam 4 anos na academia e vem falar de esforço...

Jornal de Ontem...

Não entendo muito de economia, nem de estatística, e a fonte pode num ser das mais seguras. Estava passando numa dessas comunidades do Orkut quando vi esta postagem, de apelido Mônica Moura, e resolvi copiar, façam bom uso, e boa análise! As mentiras também, por vezes, nos interessam, já dizia o poeta... Não que seja mentira, mas não posso afirmar que seja verdade. Não tive acesso aos dados!




"Governo Lula tirou 3,8 milhões da pobreza em 2008
FGV: 3,8 milhões de brasileiros deixaram de ser pobres em 2008

A crise financeira internacional não impediu que houvesse uma importante redução da pobreza no Brasil. Segundo pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV), um total de 3,8 milhões de brasileiros saíram da miséria no ano passado, o que representou uma queda de 12,27% no número de pessoas pobres.
Os dados constam da pesquisa Consumidores, Produtores e a Nova Classe Média, elaborada pelo Centro de Políticas Sociais (CPS) da FGV e que será apresentada nesta segunda-feira (21).

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) mostrou que, em 2008, os pobres sofreram menos com a desaceleração da economia provocada pela crise. Para os 10% das pessoas ocupadas com rendimentos mais baixos, o crescimento da renda média mensal foi de 4,3% no ano passado, enquanto para os 10% com rendimentos mais elevados houve elevação de 0,3%.

Segundo o levantamento da FGV, 19,3 milhões de brasileiros saíram da miséria desde 2003 com a melhoria do mercado de trabalho, o aumento do salário mínimo e os programas de transferência de renda como o Bolsa Família. Atualmente, o Brasil tem 16,02% da população abaixo da linha de pobreza, num total de 29,3 milhões de miseráveis.
Caso não houvesse a mundança dos últimos seis anos, a FGV calcula que o país estaria com 50 milhões de pobres. Em 1993, a economia brasileira tinha 35,03% da população na situação de miséria. Entre 1995 e 2003, esse indicador girou em torno de 28%."

Poemas para todos os momentos...

Mais um poema que demonstra a busca de ser o que ainda se está em processo...


Distâncias Mínimas

um texto morcego
se guia por ecos
um texto texto cego
um eco anti anti anti antigo
um grito na parede rede rede
volta verde verde verde
com mim com com consigo
ouvir é ver se se se se se

Paulo Leminski

Jornal de Ontem...

Eu li na Veja... Sorte nossa!...

Ou muito trabalho e políticas corretas diante dos desafios! E a oposição do DEM, de José Agripino, e do PSDB, de José Serra e FHC, irão continuar chamando o presidente Lula de analfabeto e o PT de incompetente...

Veja só(...):

"O Brasil está liderando o mundo para fora da recessão", repetiu Geithner em alto e bom som. Dessa vez, todos ouviram."

Será que a revista Veja já se tocou que ela sempre esteve distante da realidade? Espero que ela tenha escutado as palavras do Tim Geithner, Secretário do Tesouro dos EUA!

Leu na Veja, azar o seu!
Porque a Veja, mente, mente, mente... Ou, Por que?

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Jornal de Ontem...

É essencial, para o embate político de nossos dias, percebermos a potência usurpadora desta elite ruralista - o DEMo -, que outrora já furtara as terras dos povos originários, tem ainda continuado a usurpar até o sangue dos resistentes que insistem em lutar, como o MST.

A Luta Popular não pode ceder, é imprescindível a informação, a panfletagem e a organização dos trabalhadores e trabalhadoras deste País.

Veja a informação abaixo, retirado do Portal Yahoo de notícias:

"A senadora Kátia Abreu (DEM-TO) e os deputados Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e Ronaldo Caiado (DEM-GO) protocolaram na manhã de hoje um requerimento para a criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará repasse de recursos públicos ao Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST). O requerimento foi entregue na secretaria geral da mesa do Senado.
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Para garantir a abertura da CPMI eram necessárias 27 assinaturas do Senado e 171 da Câmara. Os parlamentares recolheram 34 e 192 assinaturas, respectivamente. O objetivo da criação da comissão é o de apurar a denúncia publicada pela revista "Veja", há cerca de 15 dias, sobre irregularidades em convênios fixados entre o governo e o MST. A leitura do requerimento deve ser feita em sessão do Congresso porque se trata de uma CPI mista."

A senadora Kátia Abreu, do DEM, representa os ruralistas assassinos de Doris Stang e de nosso Chico Mendes. Espero que nossa Marina Silva não venha a dormir nesta cova de leãos...

sábado, 12 de setembro de 2009

Jornal de Ontem...

Aulinha de Gestão Econômica do "Iletrado":

"É impossível a Vale continuar comprando navio na China quando a gente está montando a indústria naval aqui', afirmou Lula a jornalistas.

'Ele disse para mim que a indústria naval brasileira não fabricava navio de 400 (mil) toneladas. Eu agora conversei com o Atlântico Sul. Você vai comprar um pouco mais barato, mas você está gerando emprego na China, gerando pagamento de salário na China. Isso muito importa para o país. Então nós vamos ter que construir no Brasil', completou."
(Reuters)


Só dotô que num entende uma lógica simples como esta!

Salve Lula!

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Jornal de Ontem...

Quando abrimos um jornal do dia anterior e percebemos que aberrações do passado continuam a dar sentido aos dias de hoje, e o pior, nos direcionam para um futuro, é porque está na hora de ficarmos ensimesmados - O que está acontecendo, que não aprendemos com os erros do passado?

Pois é, encontrei o termo afinidade para nomear a relação entre o Partido dos Trabalhadores e alguns governáveis, q ao meu ver, estão bem distantes do que podemos chamar de afinidade com o destino traçado pelos trabalhadores. Outros ventos podem até nos tornar próximo a algum sujeito, mas afinado, são outros mais quinhentos anos...

olha a deixa, retirado do portal de notícias Tribuna do Norte:


"Segundo o presidente regional do PT, Geraldo Pinto,o Geraldão, 'dos candidatos ao governo sabatinados, Robinson Faria e Iberê Ferreira são os que mais demonstraram afinidade com o PT.'"


aiaiai!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Poemas para todos os momentos...

É na arte que muitas vezes encontramos vestígios de rumos diferente do que está posto. É no insano, no prolixo, no resumo, no desconexo, no desapropriado, no não muitas vezes não-entendido, a negação é uma afirmação singular. É no fora do padrão que encontramos a possibilidade de existir, de se fazer um outro mundo...

Poema do Willian Blake!


A Voz do Velho Bardo

Alegre Juventude, vem cá,
E contempla o amanhecer,
Imagem da verdade recém-criada,
Dissiparam-se as dúvidas e as névoas da razão,
As árduas disputas e os terríveis tormentos.
A insensatez é um interminável labirinto,
De emaranhadas raízes que embaraçam os caminhos.
Quantos ali já tombaram!
Eles tropeçam todas as noites nos ossos dos mortos,
E sabem que ignoram a tudo a não ser o medo,
E querem guiar, quando na verdade deveriam ser
[guiados.

Willian Blake
O Casamento do Céu e do Inferno & outros escritos

Um Sopro de Vida!

Ontem fui a minha primeira aula de uma determinada disciplina. Meus colegas já perceberam que eu não consigo passar muito tempo numa sala de aula, e quando consigo, logo começo a atrapalhar a linha de raciocínio dos professores. Felicidades eu tive ao ficar calado e presente em sala desta vez, mesmo que não tenha sido o tempo todo - seria muito tempo! - pois assim pude conhecer esta crônica do Mário Prata:



A Criação e a Culpa
(datada de 1995)


Por que a culpa?

É o que eu tenho perguntado ao meu psicanalista de plantão.

No princípio era o verbo e eu achava que só eu me sentia culpado. Com o passar do tempo (e da verba) fui descobrindo que todo criador tem culpa. Não no cartório. Mas na consciência.

Vou tentar explicar.

Todo mundo acha que a pessoa que vive de criar, ou seja, um criador, não faz porra nenhuma o dia inteiro. Fica só pensando. É verdade. O problema é que ninguém considera o trabalho de pensar como trabalho. Daí a culpa ensimesmada. Será que só pode ser considerado trabalhador o sujeito que fica o dia inteiro numa mesa de escritório, ouvindo pela janela "olha a uva de Atibaia", "melancia barata, melancia barata"?

Você vê uma frase num out-door tipo "isso é que é". São quatro palavrinhas mágicas. O sujeito que inventou isso deve ganhar uma fortuna por mês. O que ninguém entende é que ele trabalha há vinte neste ofício. Pode ser que a frase tenha saído de um estalo. Mas um estalo vinte anos depois. Não precisa ser nenhuma brastemp para se ter uma idéia dessas. Ou precisa? Mas o povo pensa: ganhar essa fortuna para escrever uma bobagem dessas?

Cada vez que lanço um livro, estréio uma peça de teatro ou vou ao cinema ver um filme com roteiro meu, me dá pânico. Fico pensando: o pessoal vai pensar que eu escrevi isso na maior moleza. Que eu sou um vagabundo. E eu, realmente, fico achando que sou? Algumas mulheres trabalhadeiras já me jogaram isso na cara. E tome divã!

As crônicas, por exemplo. Escrevo uma vez por semana no Estadão e ganho mais que muitos coleguinhas que dão duro lá o dia inteiro e ainda fazem, de vez em quando, um plantãozinho de fim de semana. Fico com culpa. Sei que não devia, mas fico.

Para aliviar meu sofrimento, penso no Romário que "trabalha" umas doze horas por mês e ganha 100 mil dólares. Será que ele tem culpa? O Chico Buarque, que fica meses sem trabalhar, jogando futebol, será que ele acorda com culpa, vendo, todo dia, a sua mulher sair cedo e dar um duro danado no cinema, na televisão e ainda, de noite, fazendo um teatrinho?

Vou almoçar no Pé Prafora e quase emendo com o fim do dia. Bebendo cerveja. Mas pensando. Pensando nessas besteiras que vocês estão a ler agora. Depois, no fim do mês, vou receber a grana de um simpático funcionário que deve - com certeza - ganhar menos do que eu para trabalhar ali, o mês inteiro. Fazendo o meu cheque. Não tem jeito de não bater a culpa.

Fico pensando em Deus, que só trabalhou seis dias e tirou o sétimo para descansar. Mentira dele. Descansou o resto da vida. Ou você conhece mais algum trabalho dele nesses anos todos? Deve andar culpadíssimo. Mesmo porque, na hora de enfrentar o batente mesmo e apanhar na cara, mandou o filho. Este sim, trabalhou, deu duro e morreu pobre.

Eu, pelo menos, trabalho. Penso, invento, crio. E esses funcionários fantasmas, que trabalham em várias repartições e nunca comparecem? Será que eles não têm culpa? Será que só eu me sinto culpado neste país?

Uma vez perguntei para o Chico Buarque, que acabava de acordar às duas da tarde, se ele não tinha culpa. "Já tive. Superei". E o Caetano Veloso que nunca acorda antes das quatro (da tarde)?

Conta uma lendas que quando Einstein esteve no Brasil foi recepcionado pelo Austregésilo de Athayde. O imortal andava com um caderninho para ir anotando as idéias para seus livros e ensaios. Perguntou se o genial Eistein não fazia o mesmo. No que ele respondeu: "Não. Só tive uma idéia na vida". E o pior, é que essa idéia tinha só três letrinhas. Aquela famosa língua dele para fora denota um certo sinal de culpa. Deve ter morrido, relativamente, cheio de culpas.

Quanto menos escrevo e mais ganho, vou me sentindo, cada vez mais, subdesenvolvido e comunista. Quando deveria ser o contrário, como afirma o meu psiquiatra. Ele, por exemplo, não sente culpa nenhuma de ficar ouvindo os meus lamentos entre um bocejo e outro. Ou será que tem? Jamais saberei lidar com a culpa dele. Basta a minha.

Isso é que é!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Jornal de Ontem...

Sementes Geneticamente Modificadas...
Este, sim, é um debate atual e importante para os nossos dias!

“É legítimo. Vejam os Alves. Vejam os Maias. Todos Têm Parentes na política. Por que questionar apenas os meus?” Governadora Wilma, retirado do Jornal NaSemana.

Mas quando nos deparamos com uma pérola dessas, ôhh, então.

Ficamos logo, alguns, preocupados com a necessidade urgente de um debate profundo sobre doenças genéticas, hereditárias. Mas logo se percebe que o debate sobre as gripes Suínas é mais importante, pois o quadro diagnosticável é de contaminação por contágio!!!

Se o filho num fosse Maia...

Ahh, e se tivéssemos a volta do uso clínico ostracismo para os leprosos...

Desculpa, desculpa, mil perdões...
Também aos palhaços, aos pizzaiolos...

A culpa é toda nossa.

Jornal de Ontem...

Olha só o que representa José Agripino, Senador do RN, pelo DEM


Seu suplente no Senado, José Bezerra de Araújo Júnior, Ximbica, como é mais conhecido, e que tomará posse em janeiro, segundo informações da Coluna Na Geral, escrita por Roberto Guedes, deixa a dica, e expõe o que José Agripino traveste com outros modos, quando se refere ao Ministro do Meio Ambiente do Governo Lula:


'Minha Família tem 250 anos de tradição na pecuária desse país e hoje chega um maconheiro, travestido de ministro, vestido como gay para chamar os criadores de vigaristas e marginais'.


êhh Luta de Classes...


Se ambas as assertivas estiverem verdadeiras: o vigarista e marginal não consegue ter discernimento do que é público e do que é privado...

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Dia-a-dia!

Meus sentimentos: É tudo junto separado. Ponto.

07 de Setembro de 2009, Cotovelo, Parnamirim, RN.

20h16

Começo a escrever sem ter muita razaão e senso de direção a seguir. Escrevo, simplesmente, para tentar entender o que se passa comigo. A lua tem sempre uma beleza que nos desperta os sentidos, sendo que muito destes ainda não se encontra nome no dicionário. Talvez seja isto que eu procure ao escrever: nomear alguns sentimentos profundos e profusos em mim.

Existe correnteza que passa e leva algo com estes sentimentos. Sempre me deparo com uma falta de substância que possibilite descrever o que sinto. Deve passar algo por sobre eles, algum gás espesso. Assim com algo também passa sobre a lua. Sobre a lua passa nuvens, ora a encontro, ora não a vejo. Não se consegue ter tempo de mapear as suas manchas.

Passo parte do tempo que escrevo a acariciar com meus olhos o rosto da lua, até espero ouvir sua voz me sussurrar desejo. Mas existe a distância, o vácuo: nem seu grito eu escuto. Há semelhanças com os meus sentimentos. Eles existem numa abundância, eles ocupam meus dias, manhã, tarde, noite e madrugada. Há vírgulas, há pontos, logo (re)começa o parágrafo, - Existem exclamações! - dois pontos sempre me chamam atenção, ele pode trazer alguma resposta, embora eu pareça não saber usar as interrogações tão necessárias... Existem os vários três pontos em meus dias, nada termina, tudo começa novo, e ainda me parece de novo, a angústia. Esta traz sempre uma pergunta com falta de reposta; ela num parece ter substância própria.

Talvez eu não consiga pontuar o passado; colocar o travessão tão necessário no porvir. É imprescindível nomear o que se quer. A comunicação encena alguns imperativos. O passado, o que se foi? o presente, o que se é? o que se têm? o que se está?. O artigo não consegue definir muita coisa. Muito não se precisa vir maiúsculo, ele já impõe grandiosidade. É por falta de definição que escrevo. É por procura que preencho espaço vazio. Muitas vezes com faltas. Algumas graves, outras isentas. Faltou provas.

Com os sentimentos são assim, sempre se falta provas. A pergunta permance. E a busca do que não se sabe, também não sei. Existe um excesso de verbos-mal-conjugados. É tudo junto separado. Ponto.

Dennys Lucas

21h (Em Ponto.)

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

A Luta Faz Valer!

Companheiros e companheiras,

A SEMOB - Secretaria de Mobilidade de Natal - veio, hoje, como sempre, em pleno final de semana anterior ao feriado 7 de setembro, informar que domingo haverá aumento no valor da passagem, passando de R$1,85 para R$2,00. E eu que, um pouco antes de ver esta notícia, elogiava com um amigo, os avanços , apesar de ínfimos, que esta pasta única vinha obtendo na administração de Micarla de Souza.

Mas para pessoas que defendem como a melhor saída sendo alugar ou vender o Brasil...

Aiaiai, salvem a Petrobrás do DEM e do PSDB!

Ir à luta, e barrar o aumento! Sempre!

Em defesa do avanço...


Copio texto retirado do Portal Vermelho (PCdoB), um texto direto, porém não simples de se compreender. A sociedade precisa está atenta ao que vem ocorrendo, para perceber os destinos propostos e as conquistas já alcançadas. Não podemos retroceder! Vamos ao texto:

Olhar programático sobre conquistas parciais

Luciano Siqueira *

Tudo é uma questão de perspectiva. Ou quase tudo. Pelo menos quando se trata da luta imediata em torno de bandeiras que nos parecem corresponder às exigências do desenvolvimento do país. As reformas estruturais, por exemplo: a agrária, a tributária, a urbana, a educacional, a política e a dos meios de comunicação.


- “Essas reformas nunca sairão do papel”, adverte o amigo ex-militante desencantado, segundo ele, com o “balanço negativo” entre perdas e ganhos ao longo de décadas desde deu os primeiros passos no movimento estudantil. Na linha do horizonte enxerga nada, salvo a permanência da ordem vigente.

Claro que tamanho pessimismo desconhece as conquistas obtidas pelo povo brasileiro ao longo da História e faz de contas que nada aconteceu de novo desde que Lula ascendeu à presidência da República, em 2003. “Questão de perspectiva”, observo, tentando, em vão, acordá-lo para a realidade em movimento.

Mas é preciso reconhecer que quando não se tem uma perspectiva, digamos, estratégica como referência, fácil se torna cair na armadilha das dificuldades momentâneas. Essa perspectiva é dada por um Programa político que, assentado nas condições reais do mundo e no país, balize o que desejamos em médio e longo prazo. Caso do novo Programa do PCdoB, submetido a debate no 12º. Congresso do Partido, em andamento.

No texto não se encontra nenhuma veleidade voluntarista. Tudo é formulado com os pés no chão, considerando o nível atual da luta que, por seu turno, é mediado pela correlação de forças na sociedade. Daí a apresentação das reformas estruturais como uma necessidade imperiosa dos nossos dias, para que o Brasil avance em seu processo civilizatório. Reformas que, se não têm o dom de resolver todos os entraves ao pleno desenvolvimento do país como nação soberana, democrática e socialmente progressista, possibilitarão entretanto conquistas expressivas – meio caminho andado para transformações de maior envergadura.

Caso da reforma dos meios de comunicação, que permeia a realização da I Conferência Nacional convocada pelo governo federal para os dias 1, 2 e 3 de dezembro. Na audiência pública que promovemos sobre o tema na Câmara Municipal do Recife, terça-feira última, veio à tona, com força, o alcance da Conferência. E um consenso na compreensão de que apesar dos seus limites, a simples realização da Conferência já será uma vitória em si, ainda que inicial, pois elevará a outro patamar a discussão do tema em âmbito nacional.

Isto numa visão em perspectiva, programática, que dá a devida dimensão às vitórias parciais.


* Médico, vereador em Recife, membro do Comitê Central do PCdoB

Acordar para o Novo Dia!

Por uma Chapa PeTista no Rio Grande do Norte!


2010 vem aí, o Partido dos Trabalhadores é Grande! Qual seu papel neste cenário? Para mim, isto parece claro, como a bela luz da aurora que todos os dias iluminam meu quarto, meu reduto, e mostra que é preciso acordar para o novo dia: é necessário viabilizar uma chapa PeTista!

Eu já tenho até chapa na minha cabeça! Este Partido tem programa. Este Partido tem projetos para o Brasil. Este Partido representa o desejo e a esperança da Classe Trabalhadora! Tem História... E tem quadros que dignificam a luta de homens e mulheres? Tem sim, senhor! E por que não lançar uma chapa que realmente represente a esperança de avançar cada vez mais, e cada vez mais democratizar este país, e cada vez mais panfletar que um outro mundo é possível e urgentemente necessário?

A esperança é que nos move a luta, e a luta é nos move em esperança. A luta faz valer! A base do Partido parece atônita. Confusa. Não quer levantar a bandeira - mas levantará se preciso, e se representar o sentimento Petista: é meus nobres, existe um Sentimento Petista! - de quem sempre representou o que está posto, que sempre este do lado do poder. O Partido dos Trabalhadores não é isto. E isto não pode continuar a ser, se para avançar não for...

Cadê as lideranças? Cadê Hugo? Cadê Salomão? Mineiro? Geraldo? Lucena? Yeda? Hanna? O PT não pode ser apêndice! Nosso programa construído à base de muito suor, e através do sangue derramado de centenas de companheiros, não pode ser deixado de lado. Nosso programa é socialista, e tem lado.

É necessário, que os companheiros, que se colocam à disposição da direção do Partido, - seja nos espaços do Estado, ou, simplesmente, à frente das nossas fileiras - entendam com clareza sua função, e ultrapassem a discussão correlacionada do Poder Central. Não esquecendo o projeto tático deixado pelo Genoíno na sua contribuição ao debate de 2010:

"É através de tudo isso que deveremos olhar 2010. Qual é o principal desafio de 2010? É se esse projeto que está mudando o Brasil terá ou não continuidade. Esse é nosso imperativo! Porque, para nós do PT, dar continuidade a esse projeto é aprofundar as mudanças e conquistas. Este é o desafio! Todos os outros estão vinculados a essa assertiva central."

Mas é imprescindível, para o aprofundamento e radicalização de nossa luta - e conquistas! -, a apresentação de um Partido pró-ativo também aqui no Rio Grande do Norte. Temos que mostrar para a população que ainda há quadros no Partido dos Trabalhadores que podem dirigir e executar a política que queremos, para uma sociedade que queremos, por um Brasil cada vez mais para todos!

É seguro disso, que acredito e espero - continuando a luta na base! - que nossas lideranças ainda irão se colocar a disposição do partido para concorrer em 2010! Por um Projeto PeTista! Sem deixar de ser Democrático e Popular! A base espera e está pronta para um 2010 mais estrelado!

Saudações Petistas!

Dennys Lucas

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Poemas para todos os momentos...

Tem determinados sujeitos que com poucas palavras conseguem penetrar paredes que furadeira nenhuma, até então, tinha conseguido cravar prego!

TE AMO
Pablo Neruda

Não te amo como se fosses
rosa de sal, topázio

ou flecha de cravos que
propagam o fogo:

te amo como se amam
certas coisas obscuras,

secretamente, entre a
sombra e a alma.


Te amo como a planta
que não floresce e leva

dentro de si, oculta, a luz
daquelas flores,

e graças a teu amor vive
escuro em meu corpo

o apertado aroma que
ascendeu da terra.


Te amo sem saber como,
nem quando, nem onde,

te amo diretamente sem
problemas nem orgulho:

assim te amo porque não
sei amar de outra maneira,


senão assim deste modo em
que não sou nem és,

tão perto que tua mão
sobre meu peito é minha,

tão perto que se fecham
seus olhos com meu sonho.