segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Dia-a-dia!

Meus sentimentos: É tudo junto separado. Ponto.

07 de Setembro de 2009, Cotovelo, Parnamirim, RN.

20h16

Começo a escrever sem ter muita razaão e senso de direção a seguir. Escrevo, simplesmente, para tentar entender o que se passa comigo. A lua tem sempre uma beleza que nos desperta os sentidos, sendo que muito destes ainda não se encontra nome no dicionário. Talvez seja isto que eu procure ao escrever: nomear alguns sentimentos profundos e profusos em mim.

Existe correnteza que passa e leva algo com estes sentimentos. Sempre me deparo com uma falta de substância que possibilite descrever o que sinto. Deve passar algo por sobre eles, algum gás espesso. Assim com algo também passa sobre a lua. Sobre a lua passa nuvens, ora a encontro, ora não a vejo. Não se consegue ter tempo de mapear as suas manchas.

Passo parte do tempo que escrevo a acariciar com meus olhos o rosto da lua, até espero ouvir sua voz me sussurrar desejo. Mas existe a distância, o vácuo: nem seu grito eu escuto. Há semelhanças com os meus sentimentos. Eles existem numa abundância, eles ocupam meus dias, manhã, tarde, noite e madrugada. Há vírgulas, há pontos, logo (re)começa o parágrafo, - Existem exclamações! - dois pontos sempre me chamam atenção, ele pode trazer alguma resposta, embora eu pareça não saber usar as interrogações tão necessárias... Existem os vários três pontos em meus dias, nada termina, tudo começa novo, e ainda me parece de novo, a angústia. Esta traz sempre uma pergunta com falta de reposta; ela num parece ter substância própria.

Talvez eu não consiga pontuar o passado; colocar o travessão tão necessário no porvir. É imprescindível nomear o que se quer. A comunicação encena alguns imperativos. O passado, o que se foi? o presente, o que se é? o que se têm? o que se está?. O artigo não consegue definir muita coisa. Muito não se precisa vir maiúsculo, ele já impõe grandiosidade. É por falta de definição que escrevo. É por procura que preencho espaço vazio. Muitas vezes com faltas. Algumas graves, outras isentas. Faltou provas.

Com os sentimentos são assim, sempre se falta provas. A pergunta permance. E a busca do que não se sabe, também não sei. Existe um excesso de verbos-mal-conjugados. É tudo junto separado. Ponto.

Dennys Lucas

21h (Em Ponto.)

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