quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Catando Texto...

Passando no blog do professor Edmílson Lopes colhi este texto que deixa dicas para o debate do uso da avaliação dos docentes feitas pelos dicentes na Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Espero que aqueles atenados no Movimento Estudantil desta instituição, ou mesmo de outras, possam travar este debate do modo mais sensível. Vamos ao texto!



Qual é a da diretoria da ADURN?
Juro que não entendi. Li com atenção a notícia (clique aí e leia a matéria toda) publicada no site da Associação dos Docentes da UFRN (ADURN) e fiquei cá no meu canto matutando: a diretoria foi solicitar ao Reitor o quê exatamente no que diz respeito à avaliação dos docentes feita pelos alunos? Leia abaixo um trecho da matéria:

"Em seguida, foi tratada a questão da avaliação docente pelo discente, já que a Diretoria tem sido bastante questionada sobre os efeitos dessa avaliação na sala de aula e no trabalho do professor. O Diretor de Política Sindical, Wellington Duarte, asseverou que é necessário um debate mais profundo não apenas sobre a forma e o conteúdo do processo avaliativo, mas também sobre a relação entre essa avaliação e a progressão funcional dos docentes. "

Ok. Vamos discutir o assunto. Discutir é bom, é necessário sempre. Mas, e essa é uma leve suspeita que me vem à cabeça, será que esse posicionamento da diretoria da entidade não joga água no moinho daqueles que querem diminuir ou desqualificar a avaliação feita pelos discentes? Ora, não estou afirmando que a avaliação discente é sempre, e em todas as situações, a melhor tradução do ensino produzido. Muito pelo contrário! Pode ser inclusive o caminho para o tão propalado "pacto de mediocridade". Mas não se pode negar que esse tipo de avaliação impacta positivamente a atividade docente e pode ser tomada como um dado para pensar tanto as práticas pedagógicas quanto a ascensão funcional.

Certamente existem quesitos que merecem um maior aprofundamento. O que fazer, então? Acho que existem pontos na avaliação dos alunos que podem e devem ser levados em conta na progressão funcional (por que não?), como é o caso das faltas dos professores. Outros, muito genéricos, como a avaliação geral do desempenho do professor, precisariam ser analisados com maior cautela.

Há, sem dúvidas, um debate a ser feito sobre a avaliação do trabalho docente pelos discentes. Mas, para ter conseqüências positivas, tal discussão não pode ser balizada pela reação defensiva e corporativista que parece guiar a direção da entidade dos professores da UFRN.

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