Passei um bom tempo sem nada de interessante trazer para este espaço, mas por aí encontrei este belo e excitante poema de Nei Leandro de Castro, que me fez desejoso de compartilhar com vocês:
AMOR AMORA
[ in Era uma vez Eros, 1993 ]
Me lembro que trazias na boca
o gosto e a cor de uma fruta selvagem:
amor? amora?
Me lembro de tua calcinha
suavemente encharcada
que deixava teu leite
nos meus dedos.
Me lembro do teu beijo
com o exato gosto da amora
e me lembro que eu dizia aos teus ouvidos
todas as palavras que os deuses
permitem a um amante dizer a outro amante
na manchada planície de uma cama.
Me lembro que te lambia,
te mordia, te feria. E não cedias.
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Lembranças não podem ser ditas referências ao passado, senão ao presente recordante!
quinta-feira, 1 de abril de 2010
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2 comentários:
Dependendo do caso o presente corrente é o caralho!!!!!!!!
Isso é uma descrição etnológica, científica, coisa séria, putaria em alto estilo!!!!!
é do mesmo autor daquele, leve p o seu tbm!!!
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