domingo, 30 de agosto de 2009

Dia-a-dia!

E o pré-sal?


Neste período de muito debate no meio político e empresarial sobre o destino dos dividendos desta fortuna encontrada, muitos preferem que este recurso venha para os seus bolsos, de modo direto e restrito, já outros preferem a possível a disseminação por via da socialização desta riqueza: um debate interessantíssimo. Hoje, são com vários sujeitos preocupados com o futuro que nos esbarramos. Isto nos deixa muito contentes. Darcy Ribeiro nos falava da importância de se inventar o Brasil que queremos. É necessário mais do que a lembrança de um passado, é importante desejar um futuro.


Um desses sujeitos me aparece e pergunta:


- Como será a disseminação libidinal quando depois da perfuração do pré-sal?


- ih...


Fiquei preocupado! Pois se as imagens tornam-se símbolos e estruturam consciências, tive lembranças dos movimentos nos meus carnaubais, das águas térmicas do nosso país, das pendências que até hoje tornam dúvidas a lembrança de uma juventude, e um passado recente, meio levado e pervertido, que foi do sertão de vale rico, através de grande rio rígido, até as beiras de água de maré, por onde seguia sereias, e caminho de dentro e fora, e fora e dentro, de gemido sussurrado, de desenvolvimento íntimo, e de tão íntimo, por ora tão violento, fazia o feminino nem vê o firmamento. Parecia obrigação de corruptela.


- arh... ahh... Ó horizonte visto do meu cais, tu estás tão próximo... E eu continuo a procurar, e não encontro desejo mais fecundo do que te penetrar intensamente, mas... não mais de modo momentâneo e esporádico. Eu quero a liberdade de gozar em ti, de ti sentir melada do meu gozo, e não somente te fuder. Espero poder gozar mais.


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